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Brasil avança nos investimentos em Inteligência Artificial com o Plano IA para o Bem de Todos

  • Foto do escritor: Ana Cabral
    Ana Cabral
  • 31 de jul. de 2024
  • 2 min de leitura

Atualizado: 1 de ago. de 2024


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Na última terça-feira, 30 de julho, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu com grande expectativa o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA). A entrega ocorreu durante a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, marcando um passo significativo para o avanço tecnológico do Brasil.


Este plano ambicioso prevê investimentos da ordem de R$ 23,03 bilhões e inclui uma série de ações imediatas, além do desenvolvimento de um supercomputador que será um dos cinco mais potentes do mundo, movido por energias renováveis.


Investimentos previstos

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O PBIA, também conhecido como "Plano IA para o Bem de Todos", estabelece diretrizes claras para que a inteligência artificial no Brasil seja transparente, rastreável e responsável. Segundo Tainá Junquilho, coordenadora do Laboratório de Governança e Regulação de IA do LIA IDP, o plano é centrado no ser humano e visa superar desafios sociais, ambientais e econômicos, respeitando o direito ao desenvolvimento e a soberania nacional.


Uma das propostas mais notáveis do PBIA é o investimento em um supercomputador para o Laboratório Nacional de Computação Científica (LNCC). Batizado provisoriamente de Santos Dumont, este supercomputador não apenas atenderá às demandas dos centros de pesquisa, mas também estará disponível para a iniciativa privada, funcionando com energias renováveis.


Esse recurso tecnológico avançado impulsionará a capacidade de desenvolvimento de modelos de linguagem em português, baseados em dados que refletem as características culturais, sociais e linguísticas do Brasil.


O plano foi elaborado em um período de quatro meses, com a colaboração de 300 pessoas, incluindo representantes da iniciativa privada, especialistas e a sociedade civil organizada. Esse processo colaborativo garantiu que o PBIA abordasse as necessidades e expectativas de diversos setores, dividindo-se em cinco eixos principais: Infraestrutura, Pesquisa e Desenvolvimento; Formação, Capacitação, Qualificação e Requalificação; Uso de IA para Melhoria de Serviços Públicos; Inovação Empresarial; e Governança e Regulamentação.


Os investimentos previstos de R$ 23,03 bilhões serão distribuídos ao longo de quatro anos, com início ainda em 2024. O financiamento virá de várias fontes, como o Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico, Finep e BNDES. Além disso, o plano inclui 31 ações de impacto imediato, destinadas a criar resultados visíveis em curto prazo.


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Para garantir a implementação eficaz do PBIA, foram estabelecidos um Conselho Superior, um Comitê Executivo e Câmaras Temáticas. Essas entidades serão responsáveis por formular diretrizes, oferecer suporte e acompanhar a execução das ações propostas. O presidente Lula destacou a importância de um banco de dados unificado para o Brasil, enfatizando a necessidade de compilar e disponibilizar os dados do governo para a sociedade brasileira de maneira transparente e acessível.


Durante seu discurso, Lula ressaltou o potencial transformador da inteligência artificial, ao mesmo tempo em que criticou a forma como as grandes empresas de tecnologia lidam com os dados, muitas vezes sem transparência ou compensação adequada. Ele destacou a importância de o Brasil desenvolver suas próprias capacidades em IA para garantir que a tecnologia beneficie toda a população e não apenas um seleto grupo de empresas.


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Finalmente, o PBIA será apresentado aos ministros de Estado na próxima semana, onde serão discutidos os próximos passos para sua implementação. Este plano marca um avanço significativo para o Brasil, posicionando o país como um líder emergente em inteligência artificial e inovação tecnológica, comprometido com o desenvolvimento sustentável e o bem-estar social.


Fontes:


 
 
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